Os Co-fundadores

Os Co-fundadores

1. ESTÊVÃO SALA

Nasceu em 1812 em San Martim de Secors, Barcelona, Espanha
Morreu em 1858 em Barcelona, Espanha

Foi o primeiro sucessor do fundador no cargo de Superior Geral da Congregação. Esteve prestes também a suceder o fundador no arcebispado de Santiago de Cuba, todavia sua morte prematura não permitiu.

2.JOSÉ XIFRÉ

Nasceu em 1817 em Vic
Morreu em Cervera, 1899.

Foi o segundo sucessor do Padre Fundador na direção da Congregação, seu governo durou 41 anos consecutivos. No exercício da sua função, reafirmou as estruturas internas e externas da Congregação, ampliando-lhe novos horizontes geográficos para a missão.

3.DOMINGOS FÁBREGA

Nasceu em 1817 em San Ginés de Orís, Barcelona
Morreu Solsona, Lérida, 1895

Desempenhou os cargos de Consultor geral e de Superior das Casas de Huesca, Gracia e Solsona. Destacou-se como um grande catequista nas missões

4.MANUEL VIALRÓ

Nasceu em 1816, em Vic
Morreu em 1852, em Vic

Acompanhou o padre fundador a Cuba como Secretário de Câmara e como missionário apostólico. Tendo contraído uma enfermidade pulmonar precisou voltar a Vic.

5.JAIME CLOTET

Nasceu 1822, em Manresa, Barcelona
Morreu em 1898, em Gracia, Barcelona

Foi Vice Superior Geral e Consultor da Congregação. Dotado de um zelo apostólico dedicou-se aos surdos mudos, em cuja catequese foi um grande especialista. Empenhou-se com verdadeiro carinho e amor filial a compilar todos os dados biográficos do padre fundador, aquém assistiu na hora da morte, tornando-se um entusiasta de sua causa de beatificação.


OS DESÍGNIOS DE DEUS

De acordo com Pe. Jaime Clotet, «conhecida a vontade de Deus, o Pe. Claret chamou vários sacerdotes, propondo-lhes o plano concebido; alguns deles aceitaram; outros, ou não se sentiram com ânimo para segui-lo, ou os impediu algum obstáculo invencível». Os que aceitaram o convite foram cinco jovens sacerdotes, que a partir da convocação apressaram os passos em direção ao Seminário diocesano de Vic

“Falei com alguns sacerdotes, a quem Deus havia dado o mesmo espírito com o qual eu já me sentia animado. Estes eram: Estêvão Sala, José Xifré, Domingos Fábregas, Manuel Vilaró, Jaime Clotet, Antônio Claret, eu, o menor de todos; e, na verdade, todos são mais instruídos e virtuosos que eu e me tinha por muito feliz e ditoso ao considerar-me criado de todos eles” (Aut 489). Segundo Clotet, a síntese do projeto que o próprio Pe. Claret lhes comunicou era de «formar-nos no espírito apostólico de que ele estava animado».

A confiança de Claret no ideal comum que dava origem a Congregação o levou a dizer firmemente: «Hoje damos início a uma grande obra». Em contrapartida, Pe. Manuel Vilaró, observado a realidade sorri e com um pouco de sensatez diz: «Qual a sua importância, sendo nós tão jovens e tão poucos em número?». Tais palavras assemelha-se a indagação de Maria ante o mistério de Deus pelo anuncio do anjo: «Mas, Como será isto?» (Lc 1, 34a). E como que profetizando, Claret diz: “Vocês já verão e se somos poucos, resplandecerá mais o grande poder de Deus”. É o Espírito Santo que falava na voz do fundador, o mesmo Espírito que falou a Maria: “O Espírito de Deus virá sobre ti” (Lc 1, 35a).

De um grande amor compartilhado pelo Reino de Deus, nasceram os Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria para serem no mundo Servidores da Palavra, a exemplo dos apóstolos, animados mutuamente no trabalho e no cultivo da vinha do Senhor

Este grupo de homens que animavam-se reciprocamente num mesmo Espírito apostólico, no momento da fundação gozavam das veredas da juventude. Os que se juntaram a Claret, a época com 41 anos, sentiam-se animados pelo mesmo Espírito; porém nem todos se conheciam previamente. Estes eram: Estevão Sala, de 37 anos, culto, prudente, colaborador de Claret; Manuel Vilaró, com 32 anos, virtuoso, companheiro da campanha missionária em Tarragona; a Domingos Fábregas, da mesma idade, boa pessoa, convidado à última hora; inclusive a José Xifré, também de 32 anos, enérgico, empreendedor, missionário; e a Jaime Clotet, que ainda iria completar 27 anos, fiel, amável. Este nunca tinha estado pessoalmente com o Fundador, apesar de conhecê-lo de vista e de ter ouvido falar do seu zelo.

Claret, com a ajuda dos cinco companheiros, imbuídos e formados pelo mesmo seu espírito apostólico, concretizou o pensamento que tinha de “formar uma Congregação de Sacerdotes que fossem e se chamassem Filhos do Imaculado Coração de Maria” (Aut 488).

«Um Filho do Imaculado Coração de Maria é um homem que arde em caridade; que abrasa por onde passa; que deseja eficazmente e procura através de todos os meios inflamar todo o mundo com o fogo do divino amor. Nada o detém, goza-se nas privações, aceita os trabalhos, abraça os sacrifícios, compraz-se nas calúnias e alegra-se nos tormentos. Não pensa senão em como seguir e imitar Jesus Cristo em trabalhar, sofrer, em procurar sempre e unicamente a maior glória de Deus e a salvação das almas»