As vocações na Igreja: conheça um pouco mais sobre este assunto

Todo homem e toda mulher possui um chamado comum da parte de Deus que é o centro do sentido da vida, para onde cada pessoa precisa se orientar. Vocações na Igreja, este chamado, radicado no batismo, é para a santidade, para a plenitude. O Catecismo da Igreja Católica nos explica um pouco sobre essa via: “Todos os homens são chamados ao mesmo fim, o próprio Deus. Existe certa semelhança entre a união das pessoas divinas e a fraternidade que os homens devem estabelecer entre si, na verdade e no amor. O amor ao próximo é inseparável do amor a Deus” (Catecismo da Igreja Católica, 1878).

A filiação divina e o caminho para a santidade podem ser vividos de várias formas, por isso, é de suma importância que cada um busque, sinceramente, conhecer-se e saber qual é o seu chamado na Igreja, família de Deus. Neste texto, conheceremos um pouco sobre estas realidades específicas: o casamento, o sacerdócio, a vida religiosa ou como um leigo consagrado.

  • A Vida Religiosa

    A Vida Religiosa

    Por meio dos votos de castidade, pobreza e obediência, a vida religiosa é um chamado de vivência radical do batismo. Desde o início do Cristianismo, homens e mulheres, impelidos pela prática dos conselhos evangélicos, sentiram-se impelidos a seguir Jesus de modo mais intenso e próximo. “Muitos deles, movidos pelo Espírito Santo, levaram vida solitária ou fundaram famílias religiosas, que depois a Igreja de boa vontade acolheu e aprovou com a sua autoridade” (Perfectae Caritatis, 1).

    São muitas as formas de vida religiosa, vividas como vocações na igreja. Algumas têm características que se destacam: claustro, vida contemplativa, serviço aos pobres, às mulheres, crianças em situação de risco, serviço aos sacerdotes. Por isso, quando se percebe o chamado a este tipo de vida, é fundamental aproximar-se das congregações e institutos religiosos para conhecer e, se for o caso, trilhar um caminho de experiência vocacional.

  • A vocação laical

    A vocação laical

    “Sendo próprio do estado dos leigos, viver no meio do mundo e das ocupações seculares, eles são chamados por Deus para, cheios de fervor cristão, exercerem como fermento o seu apostolado no meio do mundo” (Apostolicam Actuositatem, 2).

    Vinculados a associações de fiéis ou não, os leigos são um grande sinal da misericórdia de Deus no mundo secular. Sobretudo, após o Concílio Vaticano II, ficou claro o chamado à santificação do mundo por meio das respostas dos batizados que exercem suas funções civis e sociais. Os leigos podem viver o estado de vida do matrimônio ou do celibato consagrado.

    As Vocações na Igreja são para todos, Deus chama a cada um de forma única e particular.

  • O Matrimônio

    O Matrimônio

    “O matrimônio não é, portanto, fruto do acaso ou produto de forças naturais inconscientes: é uma instituição sapiente do Criador, para realizar na humanidade o seu desígnio de amor” (Humanae Vitae, 8).

    Na união sacramental (uma das vocações na Igreja) dos cristãos, homem e mulher são chamados a viver uma experiência de doação e apoio mútuo, confiança e santificação. Os cônjuges recebem o mandato divino de santificar um ao outro, de serem corresponsáveis pela vida interior e conversão da família para Deus.

    Um casal, na geração dos filhos [que inclui também a experiência da adoção e da fecundidade espiritual] edifica a Igreja porque é na família que a pessoa humana é gerada e, pelo batismo, é introduzida na Igreja.

    A preparação para o matrimônio precisa ser vivida com muita seriedade e, cada vez mais, a Igreja tem se preocupado com esta realidade e oferecido mecanismos de auxílio e formação aos aspirantes a esta vocação.

  • O Sacerdócio

    O Sacerdócio

    “O mesmo Senhor, porém, para que formassem um corpo, no qual ‘nem todos os membros têm a mesma função’ (Rom. 12,4), constituiu, dentre os fiéis, alguns como ministros que, na sociedade dos crentes, possuíssem o sagrado poder da Ordem para oferecer o Sacrifício, perdoar os pecados e exercer oficialmente o ofício sacerdotal em nome de Cristo a favor dos homens” (Presbyterorum Ordinis, 2).

    O sacerdócio ordenado é uma dádiva de Deus que escolhe alguns homens para servir, amar e edificar a Igreja como Cristo deu sua vida por ela. A exemplo do Bom Pastor, que dá a sua vida pelas ovelhas, o padre vive a experiência de ministrar os sacramentos na pessoa de Cristo, ou seja, quando está no exercício pleno de seu ministério sacerdotal [na Consagração do pão e do vinho que se tornam o corpo de Cristo, na escuta e absorção dos pecados, na extrema unção…] o sacerdote atua na vida dos fiéis como se fosse o próprio Cristo.

    A preparação envolve o estudo da teologia e da filosofia na esfera acadêmica. Em alguns institutos religiosos, alguns estudos podem ser acrescentados, mas, de modo geral, o candidato ao sacerdócio precisa cumprir esses passos para, em comum discernimento com as autoridades que lhe acompanham neste processo, ser ordenado como sacerdote pelo bispo local.